
O Regato de Leipzig e o Padre Ruivo
No dia 24, o pianista e maestro João Carlos Martins leva a você, caro ouvinte, mais um programa dedicado ao grande mestre de Leipzig: Johann Sebastian Bach. Nesse programa, especialmente, João Carlos Martins propõe uma escuta entre Vivaldi - o compositor que mais desenvolveu a forma concerto e outras particularidades do barroco e Bach, que pela sua grandeza, sintetizou em grande parte o sistema tonal. A arte barroca é, em grande parte, obra de encomenda. Os artistas eram empregados dos duques, dos príncipes, dos reis, da Igreja ou de alguma outra instituição. Foi para eles que os compositores, poetas e pintores, escreveram suas músicas, fizeram seus quadros e declamaram seus poemas. O barroco viveu de modelos, sejam eles sugeridos pela Igreja, pelo estado ou pela própria sociedade. É por isso que muitas vezes um compositor barroco é visto como pouco criativo, mesmo sendo autor de centenas de obras. Muito provavelmente, foi esse conceito de mimetismo e de modelos de que viveu a sociedade barroca, que levou autores do século XX a dizer que Antonio Vivaldi compôs 300 vezes o mesmo concerto. O barroco apresentou um grande número de compositores e um universo ainda mais difuso, complexo e maior: o dos anônimos. Novas pesquisas sempre descobrem obras desconhecidas e mestres esquecidos, num regaste histórico, cujo acesso nos parecia, até pouco tempo, não exatamente impedido, mas desinteressante.
BACH por João Carlos Martins
Sábado, 24 de novembro de 2007, 19 horas
Produção: Cynthia Gusmão - Rádio Cultura FM de São Paulo
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