
Para o artista "sorvete" o sucesso é doce, mas fugaz. A razão é a um só tempo simples e complexa. A mídia a que o grande público tem acesso não tem nenhum compromisso com a qualidade musical do que se produz. Se for vendável por um período, ainda que extremamente curto, ela promove.
O tempo constitui uma prova de fogo para as obras artísticas, particularmente na música. Há clássicos "eternos". A passagem do tempo não os abala, os torna mais fortes. Eles traduzem sentimentos comuns a pessoas de todas as épocas em sons sublimes.
O artista "sorvete" talvez até tenha talento para produzir algo melhor, mas é movido pela necessidade de ganhar a vida, ou de ser popular, para caminhos que produzam resultados imediatistas. Um artista assim merece produzir algo perene?
Felizmente, há ainda aqueles que heroicamente sustentam a bandeira da qualidade musical. São os artistas-concreto. A passagem do tempo valoriza sua obra. São conhecidos de relativamente poucos, mas serão sempre lembrados. O sabor de seu som não se perde com a mera exposição. Eles merecem um lugar ao Sol!
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