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28 de mai. de 2007

Música na Idade média

Visão Geral:
Os sistemas de notação só entraram em uso geral no século XI e careciam da precisão mais tarde alcançada.
Normalmente os sistemas de notação provinham dos círculos letrados da Igreja, somente. Quando se fala em música da idade média, o canto orfeônico e compositores sacros permaneceram. Mas a música fora do círculo religioso não deixou qualquer prova direta.

A música era criada e transmitida oralmente, mesmo quando o meio era uma cultura oral refinada. A informação remanescente em fontes literárias e pictóricas é de especial valor na indicação do uso de instrumentos musicais. O núcleo relativamente estável da liturgia da Igreja durante aquele período tornou possível a preservação de fontes de informação ainda hoje disponíveis.

Há evidência de que a música era usada na chamada "igreja apostólica". Nos três primeiros séculos, o repertório estava razoavelmente unificado.

Sabe o por que do interesse da Igreja em usar a notação musical, quando o povo em geral não se preocupava tanto com isso? O uso da notação pode ser visto como o exercício de uma espécie de autoridade, dando à música uma existência objetiva e uma forma verificável.

O clero conservador, entretanto, se opunha a algumas tendências que acabaram se tornando a prática aceita. Por exemplo, a polifonia (música para várias vozes simultâneas) e o emprego de um método afetado e expressivo de interpretação.

O conhecimento de composição musical extra-eclesiástica é seriamente afetado pela pequena quantidade e parcialidade das fontes. As canções dos trovadores, que nada tinham de rudimentares ou "populares", parecem ter existod em forma oral até dois séculos antes do surgimento da forma escrita, no século XIII. As coletâneas de música artística se tornaram cada vez mais freqüentes a partir desse período e refletem o estabelecimento do papel do poeta-compositor cortesão, bem como de um ambiente secular que favoreceu a perpetuação de sua obra no que eram, por vezes, manuscritos suntuosamente produzidos.

A dependência de tais provas do seu contexto cultural pode ser apreciada comparando-as com as fornecidas pela Inglaterra. Aí o estabelecimento de músicos seculares "domésticos" funcionou principalmente no ambito de um sistema fechado de corporação ou guilda, a qual não fez uso de notação e cuja obra, por conseguinte, se perdeu.

Além da prática cotidiana de composição musical, seus aspectos teóricos e especulativos eram parte importante do Quadrivium dos estatutos universitários, e foram desenvolvidos ao longo do período de acordo com as diretrizes estabelecidasd por Boécio.

Bibliografia: J. Chailley, Histoire Musicale du Moyen Age (1950); The Middle Ages - A Concise Enciclopedia

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